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domingo, 13 de junho de 2010

Nutrição e qualidade gestacional



Como prevenir doenças congênitas com uma boa alimentação?




Hoje em dia o índice de mortes e relatos de nascimentos de crianças com doenças fetais vem reduzindo gradativamente desde que a alimentação entrou como fator prioritário para qualidade de vida e saúde gestacional.


A gestante que tem uma dieta acompanhada e faz suplementações necessárias corre menos riscos de ter um bebê com alguma anormalidade ocasional. Sabemos que varias doenças congênitas são de origem genética mas, a deficiência ou excesso de alguns nutrientes são agravantes para tais fatalidades.




"Os micronutrientes são importantes para o organismo e quando estão deficientes podem trazer como conseqüência o desenvolvimento de anomalias no bebê, o aumento da incidência de partos prematuros, com recém-nascidos de baixo peso, maior morbidade perinatal, anemia materna, baixa qualidade da lactação e, em geral, a depleção das reservas nutricionais maternas "




"Por outro lado, alguns micronutrientes em excesso, podem fazer mal. A vitamina A, por exemplo, quando em excesso, tem efeito teratogênico, causando anormalidades no feto. O excesso de outras vitaminas pode causar formação de cálculos de urato, calcificação óssea excessiva, cálculos renais anemia hemolítica, entre outros males. (CHAGAS, 2003). "




Citaremos aqui alguns nutrientes importantes e suas respectivas fontes alimentares:




Vitamina A
Importante para o crescimento e para o desenvolvimento do feto.


Deficiência:
Na fase inicial da gravidez pode resultar em má-formação do feto, lábio leporino, coluna bífida, problemas nos braços e pernas, retardo de crescimento intra-uterino, baixo peso ao nascer e contribuir para uma baixa reserva do nutriente no recém nascido.


Excesso: podem provocar malformações fetais atribuídas a alterações no metabolismo do DNA .


A vitamina A é encontrada em leite e derivados, gema do ovo, fígado, folhas verde escura, batata doce e muitas frutas e vegetais amarelo-alaranjados como laranja, manga, mamão e abóbora.


Ácido Fólico
Atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos, na síntese de DNA e RNA, é vital para a divisão celular e síntese protéica. Evidências epidemiológicas e clínicas têm demonstrado que o folato está envolvido na prevenção dos defeitos do tubo neural.


Deficiência: maior chance de deslocamento de placenta, nascimento precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, prematuridade, anemia megaloblástica e defeitos no tubo neural.


"Suplementação: favorece aumento dos níveis de hemoglobina – prevenindo a anemia materna - e reduz o risco de defeitos no tubo neural. A suplementação deve ser feita em mulheres em idade fértil, ou no primeiro trimestre de gestação, pois a formação do tudo neural ocorre 3 semanas após a concecpção (Fairfield, 2003)."


A recomendação de ácido fólico em grávidas é de 600 mcg (DRI 1998) ácido fólico ou folato, sendo que 400 mcg são derivados de suplementação e, o restante, da alimentação


Os alimentos que contém ácido fólico são vegetais verdes escuros, cereais, leguminosas, ovo e leite.


Ferro
Importância: Reduz o nascimento de bebês prematuros e com baixo peso, reduz o risco de morte materna no parto e no pós-parto imediato, melhora a resistência às infecções;


As necessidades de ferro elevam nessa fase devido ao aumento da massa de glóbulos vermelhos do sangue, expansão do volume plasmático e transporte ativo de ferro através da placenta. A anemia durante a gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, de baixo peso ao nascer, de mortalidade perinatal, hemorragias, além de causar má absorção de vitamina D.


Deficiência: Anemia ferropriva que está associada a maior risco de mortalidade materna, menor resistência aos sangramentos do parto e puerpério, parto prematuro e baixo peso ao nascer.


Suplementação: aumenta os níveis de hemoglobina, prevenindo-se a anemia materna. Os suplementos são comprimidos de sulfato ferroso em cartelas e deve ser consumidos diariamente . A OMS recomenda que todas as gestantes, independente da presença de deficiências dietéticas ou bioquímicas, devem receber dose profilática de ferro na quantidade de 30 a 40 mg durante todo o terceiro trimestre.


Os alimentos normais da dieta podem contribuir para aumentar esse consumo. A orientação alimentar deve priorizar a ingestão de ferro heme (carnes e vísceras) e melhorar a biodisponibilidade de ferro não heme (leguminosas, legumes, verduras verdes escuras, ovos) com a ingestão de sucos ou alimentos ricos em vitamina C junto com as refeições.


Zinco
É fundamental para o período de gestação pela relação desse mineral e o crescimento fetal normal e a prevenção de má formação congênita. A quantidade recomendada segundo DRI (2001) é de 11mg/dia. E para gestantes adolescentes (≤18 anos) 12mg/dia.


Os alimentos de origem animal são as melhores fontes, seguido de cereais e grãos, verduras e legumes.




Cálcio
Na gravidez, ingestões reduzidas desse mineral podem resultar em perda da substância óssea na mãe e prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal. A recomendação para esse mineral segundo a DRI (1997) 1.000 mg/dia. E para gestantes adolescentes (≤18 anos) 1.300 mg/dia pois participa na formação e manutenção dos ossos e dentes, ajuda a regular os batimentos cardíacos e a contração muscular, é necessário para a coagulação adequado do sangue, auxilia na regulação da pressão sanguínea e no equilíbrio da água intra-celular. Se você não consumir quantidades suficientes de cálcio pode apresentar gengivite, cãibras além de má formação óssea e dentária do feto.


As principais fontes de cálcio são os leites e derivados, vegetais e leguminosas também são fontes de cálcio porém são menos aproveitados pelo organismo.
"Esperamos que tenham aprendido um pouco mais, e que possam aproveitar as dicas para ter uma gravidez segura e saudável."



Referências Bibliográficas:


CHAGAS, MHC; FLORES, H; CAMARA, FA; CAMPOS, FACS; SANTANA, RA; LINS, ECB. Teratogenia da vitamina A. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Vol. 3 n. 3 Recife July/Sept. 2003.




FAIRFIELD, KM; FLETCHER, RH. Vitaminas na prevenção de Doenças Crônicas do Adulto. Revisão científica Vol 1, N Setembro 2003.




ROCHA, Daniela da Silva et al. Estado nutricional e anemia ferropriva em gestantes: relação com o peso da criança ao nascer. Rev. Nutr. [online]. 2005, vol.18, n.4, pp. 481-489. ISSN 1415-5273.


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